Preocupado com a crise na saúde de Porto Alegre e da Região Metropolitana, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) apresentou à equipe da Secretaria Estadual da Saúde (SES) a campanha “Basta! Queremos Ações Imediatas Para a Saúde”. No final da manhã desta terça-feira, 23, o presidente do Simers, Marcos Rovinski, acompanhado do vice-presidente, Fernando Uberti, e do diretor do Interior, Luiz Alberto Grossi, receberam as diretoras do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES, Lisiane Fagundes, e do Departamento de Coordenação dos Hospitais, Leticia Ikeda, além do médico do Departamento de Gestão Especializada, João Marcelo Lopes Fonseca. A titular da SES, Arita Bergmann, estaria presente ao encontro, mas, em função de agenda, não compareceu.

No documento entregue pelo Simers, foram elencados os principais gargalos da Saúde no estado — os quais já haviam sido divulgados pelo Sindicato Médico e que repercutiram na imprensa gaúcha e do país, o qual será atualizado regularmente com o panorama do atendimento. Além disso, foi mostrado aos gestores o selo que vai assinar todos os conteúdos produzidos sobre o tema, referente à superlotação de emergências e da situação da saúde. “Estamos preocupados. O relato que recebemos dos médicos que estão na linha de frente são de agressões que são feitas em função da demora no atendimento, mas, que deriva, como se sabe, da superlotação. Queremos que o governo nos auxilie e crie condições para desafogar as instituições. A estratégia? Somos parceiros para encontrá-la”, enfatizou Fernando Uberti, acrescentando que a categoria vivencia, junto com a comunidade, a realidade em que se encontra a Saúde no RS.

Durante a reunião, também foram tratadas a necessidade de rediscussão do Programa Assistir; mesa de negociação permanente sobre questões hospitalares com a participação do Simers; Plano de Carreira para os Médicos; superlotação nas emergências dos hospitais da região metropolitana; editais/contratos elaborados com maiores requisitos jurídicos como forma de reduzir a quarteirização do trabalho médico, e a situação do Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), entre outros. “É louvável a disposição da secretaria de saúde em ouvir o Simers. Hoje, a secretária Arita não pode estar presente, mas se comprometeu em vir em outro momento. A presença da equipe já demonstra a intenção do Governo em manter aberto um canal de comunicação com o Sindicato”, avalia o presidente Rovinski.

Na avaliação da diretora Lisiane Fagundes, o Estado vem trabalhando para reduzir os impactos negativos do aumento de demanda e eliminar ruídos de informação que podem acarretar desserviço à população. “Temos várias cidades com suas peculiaridades e as soluções são diferentes”, destaca. Já Leticia Ikeda justificou que técnicos da SES estão diariamente nos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha acompanhando o processo de transição e qualidade no atendimento, além de monitorarem estoques, equipamentos e se tudo está transcorrendo normalmente.