O Iphae (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado) emitiu parecer negativo para o projeto da Construtora Melnick que previa a construção de um prédio de 45 andares no Centro Histórico de Porto Alegre. A decisão foi motivada pelo não atendimento aos limites estabelecidos pela portaria de entorno do Museu Júlio de Castilhos, que determina uma altura máxima de 15 pavimentos ou 45 metros para as edificações na região.

Segundo o parecer, o projeto da construtora ultrapassa significativamente os limites estabelecidos, sendo três vezes maior que o permitido pela portaria. Isso representa mais que o dobro do número de pavimentos dos edifícios mais altos no entorno do Museu Júlio de Castilhos. A decisão do Iphae visa preservar o patrimônio histórico e cultural da região, conforme ressaltado pelo presidente da Associação dos Amigos do Museu, Cláudio Pires Ferreira.

A Construtora Melnick afirmou em nota que respeita as normativas legais e está em processo de reapresentação do projeto, buscando adequações que se encaixem nos requisitos estabelecidos pelos órgãos competentes. A empresa reiterou seu compromisso em seguir todas as formalidades legais e obter as aprovações necessárias antes de iniciar a obra. O parecer do Iphae segue o padrão de análise para projetos na região e permanece sujeito a recurso caso a empresa ajuste o projeto dentro dos limites permitidos