Em um importante encontro na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) nesta quinta-feira (11), foi discutida a ampliação da rede de serviços de saúde para pessoas trans e travestis no Rio Grande do Sul. O Programa Assistir, criado em 2021, ganhou destaque por instituir uma linha de financiamento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), para serviços ambulatoriais, contribuindo para a reorganização dos incentivos e melhorando o acesso ao cuidado especializado.

Os ambulatórios de especialidades da Casa de Saúde de Santa Maria, do Hospital Universitário de Canoas e da Beneficência Portuguesa de Pelotas já foram habilitados pelo Programa Assistir, recebendo um repasse mensal de R$ 70 mil, totalizando R$ 840 mil por ano para cada entidade. Este programa é uma resposta concreta para a demanda crescente por atendimento específico para a população trans e travesti no estado.

O evento, parte do seminário “Transcendendo a Saúde: Redes de Atenção e Políticas Públicas para as Pessoas Trans”, contou com a participação da diretora do Programa de Atenção Especializada à Saúde da População Trans (Paes/Pop/Trans), do Ministério da Saúde, Flávia Teixeira. Ela anunciou um orçamento de R$ 68 milhões para fortalecer a implementação de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, com distribuição conforme a estrutura de cada estado.

O Rio Grande do Sul se destaca como um estado pioneiro na implementação do processo transexualizador junto à população LGBTQIA+, sendo reconhecido pela diretora como o mais organizado nesse sentido. Os ambulatórios especializados oferecem serviços clínicos e psicossociais completos, incluindo acompanhamento clínico e psicossocial, hormonização e exames laboratoriais, facilitando o acesso por meio das Unidades Básicas de Saúde da Atenção Primária.

Com a informação Secretaria da Saúde do RS.