Será que agora vai? Já não é sem tempo. As câmeras corporais fornecidas pela empresa Advanta, para serem acopladas às fardas policiais no Rio Grande do Sul foram aprovadas nos testes realizados. Com isso, a contratação e instalação, espera-se, deve estar próxima.

Ainda que muitos não compreendam, as câmeras corporais são equipamentos necessários na segurança pública para o benefício geral. Com elas, as ações policiais serão registradas e facilitarão a obtenção de provas em inquéritos e processos. Ou seja: ganham o cidadão, o policial, a polícia, a Justiça, o Estado e a sociedade.

É evidente que o trabalho investigativo da polícia requer sigilo, na maior parte dos casos. Mas isso não se aplica às ações, que devem ser transparentes. Casos de confrontos, prisões e perseguições, por exemplo, precisam ficar registrados em benefício dos próprios policiais – pelo menos dos bons e honestos agentes que compõem a maioria das corporações.

Beneficia-se o policial na medida em que os registros feitos em câmeras os livra dos riscos de falsas denúncias e servem como provas em casos em que se vejam obrigados a reagir a ações violentas, em legítima defesa própria ou de terceiros. Isso facilita o trabalho da investigação destes casos, em todos os níveis do sistema jurídico criminal, poupando tempo e dinheiro público.

De outra parte, as câmeras podem ser intimidadoras para a pequena parcela de  maus policiais – corruptos, achacadores, torturadores e até homicidas –  cujas ações prejudicam a imagem das corporações e a sociedade como um todo.  Por todos esses motivos expostos e ainda outros, reafirmo que as câmeras corporais são um ganho para a sociedade.